quinta-feira, 20 de março de 2014

Eu não sei o que você já enfrentou nessa vida.



Eu não sei o que você já enfrentou nessa vida. Não sei quantas vezes você se encontrou caído no chão, sozinho, sem ninguém pra te ajudar a levantar. Não sei quantos tropeços te deram. Não sei das tuas dores e cicatrizes. E você não precisa me contar se não quiser. Eu entendo. Talvez não sinta exatamente o mesmo, porque isso seria impossível, mas juro que entendo. Eu olho pra você e me vejo. Seus olhos cansados se parecem tanto com os meus. Sua boca, que pronuncia as palavras tão calmas, lembra a minha. E eu sei que atrás do teu sorriso se enconde vários não-sorrisos, assim como o meu. Eu sei que na tua brincadeira se esconde uma vontade de chorar baixinho, calado, sem plateia alguma que possa te julgar. Eu sei também que no seu “não foi nada”, existem vários “tudos” que ninguém nunca para pra escutar. Acredite, eu sei como é. Sei como é você gritar calado por um pedido de socorro e todos te olharem e simplesmente passarem reto. Mas, olha, eu queria te dizer que eu não vou ser mais uma dessas. Sei que talvez, agora, você não acredite. Eu também não acreditaria, mas vou te provar que vai ser diferente. Não vou te abandonar na primeira dificuldade. Não vou te julgar ou te deixar pra trás. Eu já estive no seu lugar e, vez ou outra, me deparo voltando para o mesmo. E ninguém nunca foi capaz de me escutar mais do que cinco minutos e dizer tudo isso que eu estou te dizendo agora. Ninguém nunca foi por mim o que eu estou sendo por você. Isso não é uma troca de favores. Estou aqui porque o meu coração quer estar. Então vem, segura a minha mão. Agora aperta e não solta. Estamos juntos nessa.
— Capitule

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